sábado, dezembro 14, 2024
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Após quatro meses, júri de ex-PM que estuprou e matou jovem é retomado em Maceió

Foi retomado na manhã desta quinta-feira (16) o julgamento do ex-policial militar Josevildo Valentim dos Santos Júnior, que é acusado de sequestrar, estuprar e matar Aparecida Rodrigues Pereira, e tentar matar o namorado dela, Agnísio dos Santos Souto, em Maceió, no ano de 2019. O júri popular do ex-soldado está sendo realizado no Fórum Desembargador Jairon Maia Fernandes, no Barro Duro, quatro meses depois de ser suspenso motivado pelo abandono do caso por parte do advogado de defesa.

“O Ministério Público irá sustentar a acusação de feminicídio triplamente qualificado, tentativa de homicídio e estuporo. E como tem atuado em inúmeros julgamentos, tentará convencer os jurados de que os crimes, todos os três, foram graves e merecem uma reprimenda do estado, da sociedade. Esperamos que ao final tenhamos sucesso na nossa tese acusatória”, disse o promotor de justiça Antonio Vilas Boas, em entrevista ao Balanço Geral Alagoas, da TV Pajuçara, nesta quinta.

Aparecida tinha 18 anos, quando foi estuprada e morta pelo ex-policial. Foto: Reprodução 

No dia 13 de julho de 2019, no início da madrugada, Agnísio deixava Maria Aparecida em casa, ambos conversavam à porta, na Ponta Grossa, quando o veículo modelo Voyage, de cor azul-marinho e placa ORK 2422, parou e o ex-militar desceu com a arma em punho obrigando o casal a entrar no carro. O rapaz foi colocado na mala, enquanto Aparecida recebeu ordem para sentar no banco de passageiro. Eles foram sequestrados e levados a uma área de mata, no Ponta da Barra.

O Ministério Público Estadual (MPE) pedirá pena máxima por homicídio triplamente qualificado, por motivos torpes, meio cruel e que dificultou a defesa da vítima e com o agravante de feminicídio.

O ex-policial confessou o crime e a defesa sustenta que ele não deve ser condenado, alegando que o mesmo sofre de esquizofrenia e psicose, e seria portanto inimputável, além de ser usuário de drogas.

Valentim também é suspeito em outros casos, à época, de violência sexual em Maceió e Marechal Deodoro. Em 2019, uma jovem fez o reconhecimento do militar e contou que foi abordada por ele quando saía de uma academia e se dirigia para casa. 

Fonte: TNH1

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