Um comunicado do Pentágono informou que o presidente americano, Joe Biden, havia ordenado o envio do chamado Terminal de Defesa Aérea para Grandes Altitudes (Thaad, na sigla em inglês) e de militares para operá-lo para “defender Israel”.
Em 1º de outubro, o Irã lançou 200 mísseis balísticos contra Israel. Embora o Exército israelense tenha informado que a maioria foi interceptada, alguns deles atingiram o centro e o sul do país.
Israel ainda não confirmou como vai responder ao ataque, mas o ministro da Defesa do país, Yoav Gallant, anunciou que a resposta vai ser “mortal, precisa e, acima de tudo, surpreendente”.
Teerã garantiu, por sua vez, que também vai responder a um ataque israelense.
O anúncio de Washington acontece em meio a esta escalada das tensões.
O que significa o envio do sistema Thaad para Israel?
O Pentágono disse que o envio do Thaad “destaca o compromisso inabalável dos Estados Unidos com a defesa de Israel e com a defesa dos americanos em Israel contra qualquer ataque adicional de mísseis balísticos do Irã”.
Os Estados Unidos já haviam enviado uma bateria antiaérea Thaad para o Oriente Médio após o ataque do Hamas contra Israel em 7 de outubro do ano passado. E, em 2019, para um exercício de defesa aérea em Israel.
O que é o sistema Thaad e para que é utilizado?
O sistema Thaad é um sistema de defesa preparado para interceptar mísseis balísticos de curto e médio alcance na fase final do seu voo.
Ele usa a tecnologia conhecida como hit to kill, na qual a energia cinética destrói a ogiva que chega.
Com alcance de 200 quilômetros, seus mísseis de interceptação podem atingir uma altitude de 150 quilômetros.
Operacional desde 2017, o sistema já foi usado pelos Estados Unidos em Guam, no Havaí e na Coreia do Sul, como medida de resposta a um possível ataque da Coreia do Norte.
Como a situação chegou a este ponto
O Irã disse que seu ataque de mísseis contra Israel foi uma resposta aos assassinatos do líder da milícia libanesa Hezbollah, Hassan Nasrallah, e de um alto comandante da Guarda Revolucionária Iraniana, em Beirute, e do líder do grupo palestino Hamas, Ismail Haniya, em Teerã, supostamente cometidos por Israel, mas não confirmados nem negados por seu governo.
Israel aumentou significativamente a intensidade da sua campanha contra o Hezbollah no Líbano nas últimas semanas, realizando ataques mortais em todo o sul e leste do país, assim como na capital, Beirute.
Israel e o Hezbollah estavam trocando disparos na fronteira desde outubro do ano passado, quando a milícia libanesa começou a atacar Israel, como uma demonstração de apoio aos palestinos de Gaza.
O governo de Joe Biden pediu a Israel para conter a ofensiva militar em Gaza e instou o país a proteger os civis palestinos — mas, ao mesmo tempo, reiterou seu compromisso com o “direito de Israel de se defender” e continuou a enviar equipamentos militares.