sábado, dezembro 14, 2024
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Sesi transforma museu em “parque de diversões” e arena de debates para adultos

Uma noite de encontro com a ciência e arte, mas não da forma convencional que elas são apresentadas nas escolas e na academia. A ideia é tornar palpável, deixar tudo decodificado, atraente e de fácil compreensão, mas sem deixar de surpreender e de aguçar a curiosidade. 

A iniciativa ganhou o nome de Night LAB, uma festa no museu, que reúne uma vez por mês cerca de 1.000 pessoas para uma experiência interativa no Sesi LAB, em Brasília. A convite da Confederação Nacional da Indústria (CNI), o TNH1 viajou para participar da 7ª edição do  evento, com tema “Cosmologias – tentativas de entender o Universo”.

Foto: Cortesia/Sesi LAB

O Sesi Lab é apresentado como um museu de arte, ciência e tecnologia e tudo lá chama muita atenção: a começar pela estrutura que abriga o museu, um edifício icônico projetado por Oscar Niemeyer, até as exposições assinadas por nomes de peso em todo o mundo, a exemplo do fotojornalista Sebastião Salgado.

A festa sobre cosmologias aconteceu das 19h à meia noite, da última quinta-feira (05), com projeções de imagens da Nasa em um painel de Led gigante e telescópios do Clube de Astronomia de Brasília (CAsB) para observação do céu noturno.


Foto: Cortesia/Sesi LAB

Agnes Mileris, gerente de Programação Cultural do Sesi, recepcionou um grupo de jornalistas nordestinos e falou da proposta do espaço, que promove a conexão entre processos artísticos, científicos e tecnológicos, em colaboração com a indústria e a sociedade. “O Sesi desde a concepção foi pensando para todas as idades, todos os tipos de público e envolve o aprendizado através da experiência de cada um”, disse, acrescentando que as experiências do Sesi Lab vão começar a rodar o Brasil a partir de 2024.

A noite do encontro entre a ciência e a arte foi embalada pelo cantor e compositor José Paes Lira, o  Lirinha, ex-vocalista do Cordel do Fogo Encantado, que recentemente lançou o álbum  “MÊIKE RÁS FÂN” sobre uma rádio cósmica, “baseada nas estéticas da invenção e do sonho”. 

“Acho que estávamos, meu trabalho, o disco, como esta noite do Sesi lab, no mesmo pensamento tentando construir essas conexões com a ciência e à arte, as possibilidade de outro mundo e também de respostas a este nosso momento de existência na terra”, disse emocionado.


Foto: Cortesia/Sesi LAB

A Night LAB também deu espaço para importantes reflexões, com a conversa poética do astrofísico Alan Alves Brito, que comandou a “conversa poética” da edição contextualizando sobre as ciências e o racismo.

“Que são as ciências? As ciências são construções humanas e para que elas virem a chave, terão que dizer que ao longo desses processos nem todas as pessoas foram consideradas humanas. Algumas são mais humanas do que outras. As pessoas negras não são tão humanas como as pessoas brancas, as pessoas indígenas não são tão humanas como as pessoas brancas. Então, a primeira virada de chave de uma ciencia antirtracista é reconhecer que não só combateu, ao longo da história, desigualdades sociais, mas ela também reforçou e reforça desigualdades quando, por exemplo, não reconhece o racismo, quando não reconhece que a gente vive num país racista e que precisamos construir políticas públicas pensando a categoria raça, cor. A ciência só vai ser humana quando houver uma construção coletiva, quando for diversa, inclusiva e quando de fato trouxer a cara da maioria da população”, refletiu.

Em cartaz no Sesi LAb estão as galerias “Fenômenos do Mundo”,” Imaginando o Futuros” e ” Aprender Fazendo ” e a exposição “Trabalhadores de Sebastião Salgado”. Para além da Night LAB, que é voltada exclusivamente ao público adulto, o Sesi LAB conta ainda com programação de férias para estudantes e oficinas para toda a família.

Clique aqui para conferir todas as imagens da galeria. 

Fonte: TNH1

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