A votação que julgou o pedido de habeas corpus de Robinho, no STF (Supremo Tribunal Federal), chegou ao fim na madrugada desta quarta-feira (27). A sessão contou com o voto de 11 ministros que, por nove votos a favor e apenas dois contra, optaram pela permanência da prisão do ex-jogador.
Robinho cumpre pena desde março deste ano, na Penitenciária II de Tremembé, no interior de São Paulo, após ser condenado pelo estupro de uma mulher na Itália. Na ocasião, a Justiça brasileira aceitou homologar a pena definida pela Justiça italiana contra o atacante – o crime aconteceu em 2013.
No julgamento do pedido de habeas corpos, apenas os ministros Gilmar Mendes e Dias Toffoli se posicionaram a favor da liberação do ex-jogador. Contudo, o voto deles não foi o suficiente para mudar o resultado, que pela maioria definiu a manutenção da prisão.
A defesa do ex-jogador questiona a legalidade da prisão no Brasil. Ele cumpre pena por julgamento que aconteceu na Itália. Os representantes do ex-atleta entendem que Robinho deveria responder em liberdade até se encerrarem os recursos para recorrer à decisão judicial.
Relembre a condenação de Robinho
A Justiça italiana condenou o ex-jogador por estupro de uma mulher albanesa. O caso aconteceu em uma boate, e outros cinco amigos do atleta teriam participado do crime. Até o momento, apenas um deles, Roberto Falco, foi condenado. Os outros ainda não foram julgados.
Quando a sentença saiu na Itália, Robinho já se encontrava no Brasil. Assim, o Ministério da Justiça da Itália pediu que ele fosse extraditado de volta para a Europa. Como o Brasil não adota determinada postura com seus cidadãos, foi estabelecido que o atleta cumpriria a pena de nove anos de detenção em território brasileiro.