sexta-feira, novembro 7, 2025
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‘Serial Killer’ de Maceió vai a júri popular por morte de mulher trans, nesta sexta (6)

O réu Albino Santos de Lima, conhecido como “serial killer de Maceió”, será submetido a júri popular nesta sexta-feira (6). Ele responde pelo assassinato de Louise Gbyson Vieira de Melo, ocorrido na noite de 11 de novembro de 2023, no bairro Vergel do Lago, em Maceió. O acusado será julgado por feminicídio, por motivo torpe e com uso de recurso que dificultou a defesa da vítima.

De acordo com as investigações, Louise, uma mulher trans, retornava a pé da escola quando percebeu que estava sendo seguida. Ela buscou ajuda de uma amiga, que a acompanhou até sua residência. As duas notaram que o veículo que parecia persegui-las havia deixado a rua, mas, pouco depois, a vítima foi atingida por tiros na cabeça e morreu ainda no local.

Testemunhas relataram à polícia que o autor dos disparos era um homem de estatura mediana, vestido de preto. Após outro homicídio com características semelhantes, a polícia unificou as investigações e chegou à identificação de Albino Santos como responsável pela morte de Louise.

Durante a apuração do caso, foram encontradas com o réu máscaras, luvas pretas, munições e uma pistola. A confirmação veio por meio de uma perícia balística, que apontou que o projétil retirado do corpo da vítima partiu da arma apreendida com Albino.

O promotor de Justiça Antônio Luís Vilas Boas, da 47ª Promotoria da Capital, afirmou que há provas nos autos indicando que o réu teria começado a perseguir a vítima após vê-la em uma academia. Segundo o Ministério Público, Albino observou sua rotina por cerca de sete meses, monitorando suas redes sociais e reunindo informações para se aproximar de forma premeditada e fatal.

“O perfil das vítimas, a repetição do comportamento e o planejamento meticuloso revelam um padrão claro: ele escolhia mulheres com características semelhantes, estudava seus hábitos e as executava com frieza, sempre à noite e a pé”, disse o promotor.

Ele acrescentou que o crime foi motivado por ódio de gênero. “O denunciado demonstra desprezo pelo feminino, atacando mulheres como forma de dominação, o que caracteriza, sem dúvidas, o crime de feminicídio”, concluiu.

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